segunda-feira, fevereiro 28, 2011

O grave problema do Homem

António Fernando Nabais escreveu o post Deus à imagem e semelhança do homem, no seguimento do seu texto anterior, que aludi aqui no CANTO. Reproduzo a minha resposta a esse novo post, que, sabe Deus, poderá ajudar alguma alma que por aqui passeie.


Caríssimo António Fernando Nabais,

Obviamente que respeito o seu direito de não acreditar em Deus e de não lhe prestar culto e de não querer pensar no sobrenatural. Aceito-o pacificamente. Como crente evangélico que sou, que faz parte de uma minoria desprezada e que é e já foi perseguida (também em Portugal), convivo bem com a descrença, a dúvida, o contraditório. Não percebo é muito bem, para que quem não se preocupa com estes assuntos, discorra tanto acerca deles. Mas avancemos.

Acredito que se há pessoas que precisam reconhecer erros e falhas são precisamente os religiosos. É verdade que há muitas páginas negras na história da Igreja. Considero por exemplo que Fátima é um grande embuste. Mas serão só os religiosos a manchar a história da humanidade? Não me parece. Existem e vão existir sempre muitas contradições e incoerências nas fés (para não dizer fezes) mas também naquelas pessoas que dizem não ter qualquer tipo de fé em Deus.
Considero porém, que a influência do cristianismo na história da humanidade tem tido muitos pontos positivos e luminosos (como bem o diz) e que tem produzido muitas boas mudanças na humanidade.


Mas, ao contrário do estimado António Nabais, interessa-me muito mais o relacionamento que se tem com Deus do que a humanidade per si, como foco central e final. E porquê? Porque tenho observado, na minha vida e na de tantos outros, que a fé viva e a comunhão com este soberano e poderoso Deus afecta positivamente a relação com o seu semelhante.
Quem tem verdadeiramente uma boa relação com Deus (que não é propriamente o mesmo que dizer que tem ou segue uma religião) vai certamente fazer bem à humanidade.

Para terminar, que o comentário já vai obscenamente longo, na minha cosmovisão cristã-protestante, o Homem tem realmente um grave problema para resolver com Deus, não com o Homem. O problema é estar morto nos seus delitos e pecados, estando por isso separado da comunhão com o Deus santo e justo. Para resolver este problema espiritual, basta aceitar o amor de Deus.

"Mas Deus prova o seu amor para connosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores." Romanos 5:8

Um abraço.

2 comentários:

Vilma disse...

Romanos capítulo 1 a partir do versículo 17, assim como 1 Coríntios também no capítulo 1 e a partir do versículo 17 descrevem bem o pensamento do Homem que caminha na sua própria sabedoria, longe de Deus.

Abraço.

Jorge Oliveira disse...

Sem dúvida Vilma, versículos muito fortes que deviam fazer reflectir acerca dos caminhos que estamos a trilhar. Relembro também Provérbios 16:25, "Há caminho que parece direito ao homem, mas o seu fim são os caminhos da morte."