terça-feira, novembro 23, 2010

A origem das espécies segundo Agostinho

A ler: "A origem das espécies segundo Agostinho", escrito por Alister McGrath, na Revista Cristianismo Hoje.

2 comentários:

Rogério disse...

Acabei de ler o texto - mas ainda me incomoda alguém defender que o homem possa não ter sido criado exatamente do barro, por exemplo. Parece que há pouca distância entre pensar nisso e desacreditar na infalibilidade das escrituras.

Jorge Oliveira disse...

Olá amigo Rogério.

Não percebo onde é que se refere (ou mesmo se pode inferir) no texto citado, que Deus não criou o homem exactamente pelo barro. Mas também não julgo que seja esse o cerne da questão abordada.

Nesta matéria controversa existirão sempre opiniões e interpretações diferentes, algumas até divergentes. Diz Alister que "Agostinho preconizava que algumas passagens bíblicas estão abertas para diversas interpretações." Eu também penso assim.

O remate final com que McGrath encerra o seu artigo, traduz bem o espírito e a postura que se deve ter nestas questões:

"O significado literal de Génesis realmente nos ajuda a lidar com as questões levantadas por Darwin? Vamos deixar claro que a obra de Agostinho não responde a esses questionamentos (...) precisamos de paciência, generosidade e graça para reflectir sobre essas grandes questões. E Agostinho pode ajudar-nos a começar."

Eu diria que sem "paciência, generosidade e graça" não se consegue reflectir e opinar sabiamente sobre esta matéria.

Um abraço.