segunda-feira, novembro 03, 2008

“De onde vens e para onde vais?”

“De onde vens Geazi?”, perguntou o profeta Eliseu ao jovem pupilo. Eliseu estava farto de saber (Deus tinha-lhe mostrado), onde o seu servo e aprendiz tinha estado, mas aquela era a pergunta da misericórdia. A pergunta que abria a possibilidade para a contrição e o arrependimento. O profeta sabia que o jovem tinha ficado fascinado com a possibilidade de lucrar materialmente com a fé. Enriquecer com a fé, infelizmente não é uma coisa inventada pelos recentes teólogos da prosperidade. Geazi tinha corrido atrás do grande general Naamã, o ex-leproso com pele de menino que tinha nascido de novo nas águas lamacentas do Jordão, e o moço, mentindo-lhe, sonegou para si dois sacos de prata, animais e ricas vestes das melhores marcas de Damasco. O que é que nos faz correr?

“De onde vens Geazi?”, era a oportunidade de Deus para a confissão do pecado. O teste decisório revelador do carácter. Há perguntas cruciais na vida, em que a nossa resposta vai determinar o nosso futuro. “De onde vens?”; “Para onde vais?”; “Onde estás, Adão?”; “Onde está Abel, teu irmão?”; “Amas-me?”.

Mas o jovem Geazi, que já arrastava a lepra no seu interior há muito, manifestou-a quando respondeu a Eliseu: “teu servo não foi nem a uma nem a outra parte”. A resposta estava dada. A sentença também. A perdição do seu coração tinha invadido agora toda a sua vida e caminho.

O pagão Naamã que se arrependeu e obedeceu, foi curado. O jovem Israelita, estudante de teologia, que não se humilhou nem se arrependeu, ficou leproso e trouxe maldição à sua posteridade.
E tu? “De onde vens e para onde vais?”

2 comentários:

Chris Rodrigues disse...

É vero!

O Tempo Passa disse...

Ai de mim, miserável que sou!!!